De onde vêm nossas escolhas quando falamos de design?
Podem vir de muitos lugares: das vozes da nossa cabeça, das nossas pesquisas, das nossas referências.
Tudo isso é válido, mas o que importa é termos um lugar-comum para validar se o que apresentamos como solução ou mensagem está alinhado com os nossos objetivos e expectativas de negócio.
Só assim podemos usar bem os recursos que temos e desenvolver melhor as pessoas aqui dentro.
Por isso, algum tempo atrás, elaboramos e apresentamos nossos novos princípios de design. Eles devem estar no topo quando pensamos em design thinking e design system, por exemplo. Devem guiar nossas escolhas e decisões, mesmo aquelas de iniciar ou não um projeto ou iniciativa.
Nossos princípios e o que cada um deles propõe
Empoderamos pessoas
Tornamos acessíveis recursos e informações para empoderar as pessoas, compreendendo suas particularidades.
- A solução ou informação foi pensada com base em situações da vida real? Testamos nossas soluções com pessoas diversas?
- Temos clareza dos perfis e necessidades das nossas pessoas usuárias antes de iniciar um projeto ou propor uma solução ou transmitir uma mensagem?
- Temos à nossa disposição os recursos que aumentam o potencial do nosso trabalho?
Priorizamos impacto
Monitoramos resultados e dados para tomar decisões estratégicas e implementar melhorias contínuas para as pessoas usuárias.
- Nossos projetos se iniciam com um escopo, métricas e indicadores bem definidos?
- Monitoramos dados e indicadores que nos permitam identificar oportunidades de impactar o negócio?
Buscamos ser memoráveis
Entregamos informação com simplicidade, responsabilidade e transparência, surpreendendo nossa audiência com experiências mágicas.
- Conseguimos ser consistentes em nossas mensagens e soluções a ponto de termos uma relação de familiaridade com as pessoas usuárias e nossa audiência?
- Temos noção de como as pessoas reagem à nossa marca, mensagens e produtos?
- Conseguimos passar mensagens sem fricção e remover obstáculos para nossa audiência?
Colaboramos para a inovação
Cultivamos um ambiente diverso e propício ao questionamento, assumindo riscos calculados com base em experimentações e estudos constantes.
- Estamos envolvendo as pessoas certas nos nossos projetos?
- Validamos nossas ideias de alguma maneira antes de implementar em larga escala?
- Temos atenção à fronteira do conhecimento para melhorar nossas mensagens e soluções?
O processo de criação
No começo, tivemos uma etapa de pesquisa interna para validar as ideias e valores comuns entre as pessoas designers do Jus.
Já tínhamos um trabalho antigo de definição de princípios de produto e comunicação, então aproveitamos muito desse legado. Voltamos a documentos antigos para entender aqueles pilares que estavam, lá atras, no nosso DNA.
Depois de um pequeno grupo de trabalho elaborar uma proposta inicial, aproveitamos a Design Week – nossa semana de design que acontece anualmente – para fazer uma dinâmica que permitisse o máximo de colaboração.
Fechamos os textos e partimos para um último refinamento.
Nossos princípios foram desenvolvidos coletivamente e não estão escritos em pedra.
O que isso significa?
Significa que, além de ter como referência nosso manifesto de cultura e objetivos do negócio, levamos em consideração pontos de vista de pessoas do time e temos a mentalidade de que eles podem mudar e evoluir ao longo do tempo.
O que vem depois?
Quando a gente fala de princípios de design isso não significa que eles estão restritos aos trabalhos de pessoas designers, mas todas aquelas que lidam com a criação de soluções e mensagens para nossa audiência e público-alvo.
Princípios não são apenas frases de efeito. Se não forem aplicados, não têm valor. Eles devem ser usados no dia a dia e, por isso, precisam estar muito internalizados. Na ponta da língua, como se diz.
Vamos pensar em iniciativas que possam fazer com que todas as pessoas do Jusbrasil conheçam e estejam afiadas nos nossos princípios.